15 novembro 2013

O infinito

E com a urgência de escrever, começo por onde fiquei. Um traço, um terço que não sei rezar. E como chamar? Nem eu sei, dissecar e explicar, e fantasiar. E mensurar a ideia do que penso. A ideia do que penso é um infinito de coisas ocas, maiores que tudo. Só o ar, possivelmente, se compara. O vazio do ar. A grandiosidade desse espaço que não se pode tocar. Só sentir, que existe quando há vento.
Uma volta, duas voltas, até ser impossível de as contar. Infinitas voltas, de pensares ocos. Tudo infinitamente louco. 
As coisas estão todas nos seus sítios. Porque se não estivessem, nos seus sítios, estavam nos seus sítios. O sitio de todas as coisas, é em todo lado. É ai que estão e ficam as coisas. É no espaço infinito e imaterial, que me sinto bem. Á deriva por entre as incertezas, pelo desconhecido. Tudo, não tem que ser certo e realisticamente, ordeiro. Se o amor é incerto e incompreensível, nada pode ser claro. A racionalidade não a quero para nada. A racionalidade, é uma religião como outra qualquer. O vazio, o ser oco, o ar, a imaterialidade de tudo, a incerteza, são o que existe.
Tudo o mais é um caminho de defesa. Tudo organizado, bem fundamentado, racionalizado. Fico com a parte oca. A parte obscura, que não se vê. O que não se pode com as mãos apanhar, e guardar. 

14 julho 2013

The Big Lebowski Typography

E as noticias? As cartas que esqueci de te mandar?

E as noticias? As cartas que esqueci de te mandar?
Não esperes, pelo que não vai acontecer.
Não amargures os dias pela saudade, de querer ter.
O bem é respirar algo fresco ou quente.

Alguma coisa presente, e não ausente.
Não esperes, pelas cartas. Esquece.
Foge, corre pelo pensamento.
Faz o cérebro esquecer. Manda.

Olha para uma coisa, infinitamente. 
Manda-te esquecer-te de mim.
Sempre podes chantagear-te com
Chocolates e outros doces. Mais.

É proibido esperares por mim.
Escuta o silêncio vezes sem conta,
E vais ver que não sou eu.
Não te escrevo, nem sou eu.

É uma perda de tempo, inútil
Mesmo. Se não o fizeres.
Não vais ter cartas minhas.
É inútil esperares. Inútil.

Não esperes.
Há dias em que vejo as pessoas
A lerem cartas. Mas não vou escrever.
Nem uma. Nada. Não vou escrever nada.


Depeche Mode - Broken (Live Studio Session)

16 fevereiro 2013

Kasabian - Fire (Live At The O2)

Round Table (The Missing Cruzader)

Model: Adriana Lima

Primeiro post do ano - Prémio Consolação

  Este é o primeiro post deste ano por isso tratem-no bem. Carinhosamente.
Haveria bastante para falar de amores, um tema que poderia não referir. Mas não vou falar. Ficam com água na boca.
  Em vez de falar sobre a minha interessantíssima vida, resolvi escrever um poema. Que se segue.

Qualquer dia digo-te olá.
Um olá, por dia. Simples.
Nada de muito complicado.
Sem ser... abusado.

Um dia, para ser corajoso.
Digo-te um olá, seboso.
A pensar que não te importas.
Sem dias a pensar, em ti.

Um dia digo-te alguma coisa.
Mas não vais perceber.
Eu tenho segundas intenções.
Para além de ver a lua e as estrelas.

De falar de cometas e janelas.
Do tempo. E sentir o frio nos pés.
Parece-me alguma coisa. Pouca.
Raro. Como eles dizem.

Um pouco. E muito.
Qualquer dia digo-te olá.
Sem me importar com as consequências.
Sem reticencias. Sem "encias".

Boa noite.

Lana Del Rey - Summertime Sadness