26 março 2012

O Lobo e a Lua

Anna Calvi - Wolf Like Me

António Tabucchi

Este italiano que se fez português, na língua e na alma, enamorou-se da escrita de Fernando Pessoa. Depois da escrita veio a paixão pela pessoa em si. Pela cidade de Lisboa e pelo país. Dedicou grande parte da sua vida a ler Pessoa, a decifrar cada palavra, metáfora, pontos e virgulas, reticencias, o cheiro dos papeis velhos. Tentava encontrar as veias, quem sabe ainda com sangue, bombeado de um coração que já não era.
Por acaso, tenho um livro do Senhor Tabucchi, na minha pequeníssima colecção. "Os útimos três dias de Fernando Pessoa". Como o próprio o intitula, um delírio, uma possível realidade para a trindade última do poeta. Pelo hospital de São Luís dos Franceses, Pessoa e os seus heterónimos, dialogam, durante as visitas, que recebe.
Gostava de saber como terão sido os últimos três dias de António Tabucchi. E não posso deixar de pensar que o escritor apaixonado pela obra de Pessoa, se terá deixado levar pela imaginação. Deitado na cama do hospital, a espera de um dos seus amigos Pessoanos. Teve os dele de certeza e a família. Sei que pensou muito no Fernando. Até lá, Tabucchi!

21 março 2012

20 março 2012

Corpo Diplomático - Kayatronic

Escrevi pouco

Este post é para ti, que estás ai, tão longe... e perto ao mesmo tempo. A conversa entre os dois hemisférios, antes de escrever é sempre a mesma. Já sabes. Escrevo, não escrevo, têm algum interesse o que vou escrever...? Mas lembro-me das tuas palavras e do entusiasmo com que me lês. Não tenho muito para dizer, na verdade. Ainda estou a trabalhar em Lisboa, e não sei quando vou embora. A Ísis está com o cio. Fica mais melosa que mel (acho que tens uma frase parecida, mas melhor, smile). Ontem agarrei naquele pedacinho de rocha que tenho cá em casa e olhei para o Buda. Esbocei um sorriso. 
E agora, vem-me á memória aquele parque fantástico cheio de brinquedos, o jantar naquele sitio "cool", e no outro mais rústico. Das lulas na telha. Da tua cadela aos saltos, ahah...
E de tanto sentir e nada sair em palavras, me fico por aqui. Escrevi pouco.

16 março 2012

Dolcenera - Un Dolce Incantesimo

A minha primeira máquina fotográfica

Ora aqui está a minha primeira máquina fotográfica. Usa rolos dos antigos. Ainda se vendem. Foi a máquina com que me iniciei nestas coisas de espreitar a vida de uma outra maneira.
Esta maquineta que agora está desactualizada, era na altura o "Big Mac" das máquinas fotográficas. Barata, fácil de transportar e usar. A tampa gira, e faz de pega. Uma cena do outro mundo! Bem inventado.
Com ela tirei fotos de família, de férias, de jogos de futebol, saídas escolares, festas de aniversário, jantares de família. Ah... e até um Presidente da República!. Foi com ela que fiz as primeiras experimentações fotográficas. A janela na casa da minha avó, molas da roupa penduradas num arame...   tudo desfocado claro! Mas mesmo assim o bichinho ficou. E até hoje tenho essa propensão para olhar para as coisas com o meu lado fotográfico. A perspectiva da realidade, da minha realidade mudou, graças à minha Kodak.

desafio do mês de Março da Fábrica de Letras

Ary Scheffer - Francesca da Rimini (1835 )

@ Wallace Collection, London

05 março 2012

Oráculo

O oráculo é a resposta dada pela divindade a uma questão pessoal através de artes divinatórias. Por extensão, o termo oráculo por vezes também designa o intermediário humano consultado, que transmite a resposta e até mesmo, no Mundo Antigo, o local que ganhava reputação por distribuir a sabedoria oracular, onde era notada a presença divina sempre que chamada, que passava a ser considerado solo sagrado e previamente preparado para tal prática.
Os oráculos gregos constituem um aspecto fundamental da religião e da cultura gregos. O oráculo é a resposta dada por um deus que foi consultado por uma dúvida pessoal, referente geralmente ao futuro. Estes oráculos só podem ser dados por certas divindades, em lugares determinados, por pessoas determinadas e respeitando rigorosamente os ritos: a manifestação do oráculo assemelha-se a um culto. Além disso, interpretar as respostas do deus, que se exprime de diversas maneiras, exige uma iniciação.
Por extensão, o termo oráculo designa tanto a divindade consultada como o intermediário humano que transmite a resposta, e ainda o lugar sagrado onde a resposta é dada. A língua grega distingue estes diferentes sentidos: entre numerosos termos, a resposta divina pode ser designada por χρησμός - khrêsmós, literalmente o facto de informar. Pode-se também dizer φάτις - phátis, o facto de falar. O intérprete da resposta divina é freqüentemente designado por προφήτης - prophêtê, aquele que fala em lugar (do deus), ou ainda μάντις - mántis. Por fim, o lugar do oráculo é χρηστήριον - kherêstêrion.
A mancia, isto é, o domínio da adivinhação, não é, no mundo grego antigo, constituído só pelas ciências oraculares. Os adivinhos como Tirésias são considerados personagens mitológicos: a adivinhação, na Grécia, não é assunto de mortais inspirados mas de pessoas que respeitam determinados ritos, embora a tradição tenha podido dar a impressão de tal inspiração, ou, literalmente, ἐνθουσιασμός - enthousiasmós, entusiasmo, isto é, o facto de ter deus em si.
in "wikipédia", para saber mais clicar aqui

UTTER - The Walking Dead

uma banda de Braga, com um som nocturno e psico-urban, conquistaram-me...