22 maio 2011

Pannjo, the Bartender - #9

Deitei-me na cama. Nu. No chão, a volta da cama, o casaco e o resto. O meu corpo suava. Estava deitado de barriga para cima. Emergia da sonolência para o sono leve, e voltava. Tinha a consciência do meu corpo. Dos sons que fazia. Da minha natureza animal. Todas as luzes apagadas. Por entre pedaços de sonhos breves, tentava ver qualquer coisa no escuro. Como um cego. Acendi um cigarro. Sentei-me na cama. Descalço, vou até ao sofá e sento-me. Fumo, expiro e inspiro. São 3:21. Agarro no telefone e escrevo uma mensagem. Ás 3:56, ouço dois toques na porta. Nu, levanto-me do sofá. Sem luz. Vou até a porta e rodo a chave. O meu coração aumenta o ritmo. A adrenalina está a fazer efeito. Ela entra. Nem uma palavra. Acendo uma vela que está mesmo atrás da porta. Junto a mim, a dois passos, ela olha-me. Quase que a oiço respirar. Tiro-lhe a mala e o resto da roupa. O casaco. A camisa. As calças. As botas. As meias. Pego na sua mão e puxo-a contra o meu peito. O seu corpo suave e perfumado, enebria-me. Cheiro o seu pescoço, enquanto ela percorre o meu corpo com as mãos. Sinto o seus seios debaixo do soutien preto. Ouvimo-nos os dois agora. Ela arranha as minhas costas suavemente. Eu piso os seus pés. E subo para os tornozelos, para os sentir. Roço-me nela. Os ossos das coxas saídos, chocam com o meu corpo. E a carne dos dois, dança com lentidão. Ela trinca-me a orelha. Enfiando de seguida a língua dentro dela. Até se fartar. E já teso, ela passa a mão. Agarra e põe na boca. E consola-se com o meu corpo, até me fazer vir. Levanta-se e beija-me, lenta e sabiamente. Agora eu. Sento-a no sofá. Mesmo na borda. Afastei as pernas, uma da outra. Cheirei o ventre. Mordi a sua pele. E percorri com a língua as suas coxas. Com o indicador esquerdo, afastei a tanga preta. Senti o cheiro mais intenso. Abri. A minha língua, devagar e suavemente passeava pelo Éden. Sentia os seus arrepios, e alterações na respiração. E os meus lábios beijaram os seus lábios. Entrei. Molhou-me a boca. Mordisquei o seu pequeno. E com a ponta da língua, fustiguei-o. 
Ela levantou-se. Sentei-me. Sentou-se em cima de mim. Entrei nela. E freneticamente fodemos os dois, como animais. O único momento onde eu, sou eu. E ela é ela.

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