09 março 2011

O comentário anónimo, esse grande maluco!

Ora que recebi um comentário anónimo. Foi deixado no post que escrevi, "O verdadeiro idiota". Tenho que ir fazer copy paste... Ora aqui está: "Eu não diria estranho mas sim desinteressante. E já é dizer muito."
Vamos analisar o comentário. Tipo dissecar uma rã. Reparei que começa por um "eu". Esse eu, faz com que o comentário passe a ter um certo interesse. Poderia o comentário omitir o eu. Mas não era a mesma coisa. Deve ter pensado o anónimo, vou escrever sem dizer quem eu sou, mas eu existo! Sou eu o anónimo que está a escrever. Segue-se o incontornável, "não diria estranho". Das duas uma. Se não diria, para que dizer? Ah! Já sei, foi porque eu o disse. Ou então até está de acordo comigo, sou estranho, mas isso é pouco, pensou o anónimo. O anónimo faz aqui uma análise do que escrevi. Escreve, a terminar a primeira frase, "mas sim desinteressante." Eu sou desinteressante. Ora aqui está uma opinião, que só peca por ter sido escrita ao abrigo do anonimato. Se não o fosse, o "eu" inicial teria sentido. E por fim a útima frase, a piece de resistance. "E já é dizer muito.". Agora temos várias opções. Acabaram-se os adjectivos? Ou será que não? Parece-me que não. Cheira-me. Aqui, o anónimo tenta fazer uma lavagem cerebral a ele próprio. Pensou, que não disse tudo o que queria dizer. mas vai dize-lo de outra forma. Ora toma! Eu penso mais coisas mas não digo. Ou não vale a pena dizer. Ou não interessa. Só o anónimo poderá dizer.
Tenho a agradecer o comentário ao anónimo, seja ele, do género masculino ou feminino, Fez-me rir bastante, depois de ter tentado perceber, quem se daria ao trabalho de me dizer alguma coisa anonimamente. Se não me conhece pessoalmente, não é pelo que escrevo no blog que me vai conhecer. E se me conhece pessoalmente, não conhece o suficiente. Em qualquer das situações, existe uma insuficiência. De conhecimento. 
Até apetece dizer... Get a life!

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