15 abril 2010

A imprudente e magnífica arte de viver

Relembro-me de Zampano e Gelsomina. A crueldade e a beleza que a vida tem está ali, naquelas duas personagens do filme de Fellini "La strada". A dureza bruta e cruel de uma relação, sofre alterações, acabando inexplicavelmente no insuspeito desfecho. Relembro-me do pequeno Oskar, que com o seu tambor expressava tudo o que lhe ia na alma. A solidão retratada por Günter Grass, é intemporal, navega até aos dias de hoje.
Relembro personagens fortes e fracos, mas que sentem.
Nos dias de hoje sentir é sinal de fraqueza ou de força. Não é sinal de bondade ou de maldade, de felicidade ou infelicidade, de racionalidade ou emotividade. Tudo se resume a fraqueza e força que se tem, ou não. Não esqueço que a fraqueza e força de hoje está adulterada pela fantástica nova era que se adivinha. O sonho, está erradamente a ser conduzido pela soberba e perfídia do ser humano. O sonho esse não termina. Ele permanece em todos os que não são fracos ou fortes, mas em todos os que sentem.

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