20 junho 2009

Abraças-me tanto

Penso em ti. Não me sais da cabeça. Sinto-me impotente por não te poder ajudar. Por não te poder ver. Por não, por não. E os nãos fazem com que te queira ainda mais. E o querer já não é racional. Não é um querer dissecado. Um querer possível ou não. É só querer.
E por tantas vezes ter escrito sobre o amor, a paixão parece que nada mais resta para dizer. Mas sim falta dizer-te tudo. Percebe-me. Percebes-me. Soltas os teus gritos e eu oiço. Soltas os teus risos e choros, e eu oiço. Abraças-me como eu quero. Abraças-me tanto.
Uma sinfonia tocada por instrumentos ainda não inventados, faz a música dos meus dias. Enche-me de ar. De esperança. E um abraço do tamanho de uma árvore grande é o muito que espero. O beijo de um passáro veloz, a altura ideal. A calma de uma ceara ao vento, o sentimento que me colhe.

17 junho 2009

A imperfeição perfeita

Há coisas que reconheço, outras que desconheço. Embora desconhecendo, o que conheço, entendo. E apreendo. Agora não é momento de racionalizar, de sentir ou sequer de agitar. Agora o momento é de calma e vontade que o bem se instale e que o mal se vá.
O presente importa. O passado já foi, não o podemos mudar. O futuro é consequência do presente. Apenas o presente importa.

Stanislavski e o Método

Ação Física Na maturidade, o mestre russo defendia a importância do Método da Acção Física. Para se compreender o método, tem-se primeiro de entender a acção física. Ela baseia-se numa premissa de que toda a emoção flui independente da vontade - a menos que o actor possa sobre ela exercer total controle, assim como se tem sobre o corpo. Dominando-se ambos, a vontade passa a controlar emoções como os movimentos somáticos. Para tal, são feitos exercícios em que a memória emocional é evocada, algo que Stanislavski desenvolveu como ferramenta de ensaio ou técnica de pesquisa. No final, há apenas o corpo, sob total controle. A interacção entre actor e director passam, portanto, pelo desenvolvimento da melhor forma de desempenho, que se procura obter durante os ensaios.
Acção Psicofísica
Stanislavski começou a desenvolver as suas técnicas no começo do século XX e, no princípio, ele enfatizava os aspectos interiores para o treino do actor. Por exemplo, os vários modos de contacto com o artista são inconscientes. Mas, por volta de 1917, ele começou a olhar cada vez mais para a acção propositada, onde a acção é intencional e não intuitiva, naquilo que denominou de ação psicofísica (uma acção tem o seu propósito e ela é quem conduz ao sentimento). Um dos seus alunos notou a mudança e anotou numa de suas conferências: Considerando que a acção tinha sido ensinada previamente como a expressão de um "estado emocional" previamente estabelecido, é agora a acção quem predomina e é a chave para determinar o psicológico. Em lugar de ver as emoções conduzindo a acção, Stanislavski passou a acreditar que era o contrário que ocorria: a acção propositadamente representada para chegar aos objetivos do personagem era o caminho mais directo para as emoções.

11 junho 2009

A fantástica história de Ti

Impressionantemente calas-me o olhar.
Reflecciono sobre e contigo.
Debaixo de um fogo lento.
Amparas-me o que sinto.

Com sete crias de mim, alcanço o teu ser.
Reparo e mordo o lábio. Embebedas-me.
Fazes explodir o ar azul que respiro.
Pressionas com frequência a minha alma.

Onde é que a minha voz não chega?
De gritar os meus passos são mais lentos.
De onde saí as minhas mãos não sentem.
Reprovação de um aluno mediocre.

As curvas de Ti são belas.
A linha da irrealidade já a passei.
O irreal é real. Outra dimensão.
Um outro olhar. Um olhar verdadeiro, de Ti.