22 julho 2008

Mordo os olhos para não te ver

Mordo os olhos para não te ver.
Escrevo com um lápis partido
Tudo o que te quero dizer.
Corro para ti deitado.

Presumo que será o ditado,
Qualquer entre muitos.
Já acrescido de faustos
E rogadas folias.

Empregue de piedosas penas.
Certo da certeza que tenho,
Como uma balança que pesa
A música e a dança.

Pelos imensos vãos escuros
Os relógios preduram.
Onde se escondem as horas,
Onde se encontram as palavras.

E sem um sentido com sentido,
Sem um passo certo,
Sem as ideias concretas.
As vezes mato as letras para não escrever.

1 comentário:

Anónimo disse...

simplesmente lindo...