29 junho 2008

As Aventuras de Sir Monarch - #5

Sir Monarch senta-se numa cadeira. O seu interlocutor acende as velas de uma Menorah. Senta-se diante do seu convidado.
- Existe uma mulher que deves encontrar. Ela corre perigo.
Sir Monarch, com o sobrolho erguido atenta nas palavras que ouve.
- Sei que a deves encontrar e proteger. Tens várias questões para me fazer. Eu respondo-te a três. As outras vais ter que ser tu a descobrir as respostas. Nem eu sei. Estou aqui a titulo particular a pedido de um amigo comum... Monsenhor Jacob Wenger.
- Prossiga... disse Sir Monarch.
- Como já deve ter calculado este é um assunto delicado. Quem lhe pede ajuda conhece o seu trabalho. É essencial que este assunto fique entre portas fechadas. Espero que aceite o repto que lhe fazemos... não lhe posso adiantar muito mais irmão.
- Falta uma resposta...
- Sim. A mulher de que lhe falo é guardiã de um objecto que se encontra em perigo de cair nas mãos erradas. Tem aqui neste envelope uma carta com instruções mais precisas. Discrição é o que lhe pedimos.
- E quem devo encontrar?
- O seu nome... Claire Blanchefort.

26 junho 2008

Sintra, uma paixão

Desde à muito tempo que esta cidade me atrai. Em conversa com uma amiga que também está "enfeitiçada", dei por mim a pensar nas várias razões que me levam a estar apaixonado pelos diversos locais existentes na zona de Sintra.
Foi pela mão de Fernando Pessoa que tive uma nova visão da cidade. Ainda adolescente, o poeta regou a minha imaginação de uma Sintra mágica e telúrica. Vários são os locais que podem despertar consciências em Sintra. O monte da Lua, o coração da Sintra de que falo. A Quinta da Regaleira, com os seus caminhos perdidos. A luz de Sintra. Uma luz que existe mesmo não existindo. As estradas que nos conduzem a palácios e conventos que só ouvimos falar nos contos de fadas, são frescas mesmo no verão. Da serra irrompe um verde grandioso que nos contagia e nos ajuda a sorrir, a respirar melhor.
Para descobrir Sintra é necessário abrir a mente e o coração. Mãos à obra.

25 junho 2008

Ana Moura

Escutei a um par de dias atrás, na TSF, um entrevista deliciosa da fadista Ana Moura. Uma voz quente, tímida e sincera foi respondendo as perguntas do Carlos Vaz Marques. A hora, sempre a mesma.
Ficou-me na cabeça a dificuldade que tem em gravar com os auscultadores postos. De facto uma casa de fados é diferente de um estúdio de gravação, tendo gravado algumas músicas sem os auscultadores.
Disse que tem medo de andar de avião... quem não tem? Delirou quando em Nova Iorque viu alguém a ouvir o seu CD, antes de um concerto que ia dar.
Por último uma exelente tirada. Para ela a música tem que bater no corpo, para ser sentida. Ora aqui está uma metafora bem conseguida.
Eu já tenho CD. Exelente.

16 junho 2008

Panchina per pregare


Do Templo

Para quem quiser saber mais sobre a história da Ordem do Templo, como é habitualmnte conhecida aqui ficam possiveis leituras:

- O Sangue de Cristo e o Santo Graal, Ed. Livros do Brasil
- O Segredo dos Templários, Ed. Europa América
- Os Templários, Ed. Europa América
- Os Templários, Ed. Editorial Notícias
- A Missão Templária nos Descobrimentos, Ed. Nova Acrópole
- O Santo Graal e a Linhagem Sagrada, Ed. Nova Fronteira

Foi...

Foi de repente. Foi de repente que o menino nasceu. Foi de repente que ele soltou o choro.
Foi de repente... Foi de repente quando lhe ensinaram a diferença entre o bem e o mal.
Foi de repente que ele cresceu. Foi tão de repente, que todos os repentes eram demais para
Ele viver. E também foi de repente que o menino pequenino se magou.
Foi de repente que o menino se apaixonou. E de repente soube o que era o amor.
Também foi de repente que soube o que era a desilusão. De repente...
E muito de repente, assim como a brisa se levanta, o menino soube o que era o horror.
E tão de repente, ou mais de repente ainda, o menino levantou-se da cadeira onde estava sentado. Abriu a porta, saíu de casa, foi até ao mar e de repente, depois de olhar horas a fio a sua imensidão... mergulhou para se matar. E assim de repente o menino morreu. E todas as coisas sucederam de repente... E a vida deixou o menino.

09 junho 2008

Como enterrar o bacalhau

Em primeiro lugar temos que comprar um espécime fresquinho, se bem que salgado também dá. Agarramos no dito e põe-se dentro de um saco plástico para que seja de mais fácil transporte. Coloquem um jornal no saco, de preferência um semanário, sempre tem mais páginas para servir de esquife. O local pode ser na praia, para ficar mais perto dos seus compatriotas, ou até num descampado. Usem a imaginação. Sitíos bem perto de onde vivem, mesmo nas cidades são ideiais para enterrar o bacalhau. Um buraquito das obras dos esgotos ou da tv cabo serve perfeitamente.
Agora vem a ciência do enterro propriamente dito. Sirvam-se do jornal, muito papel é preciso. Podem escolher as notícias de que gostam mais para que a coisa tenha um ar mais pessoal, não tão informal. Envolvam o bacalhau nas páginas do jornal de maneira a que fique bem coberto e sem entradas que possa evidenciar o seu cheiro. Agora com ele bem aconchegado pelo jornal, depositem-no no lugar escolhido. Não deitem fora o defunto, coloquem-no com delicadeza na sua morada final. Se puderem tapar o bacalhau podem e devem tapar. Se não puderem devido a ser um local de obras, rezem para que o bacalhau não seja encontrado por um trabalhador mais curioso. Afastem-se com parcimónia...
Agora sim está enterrado o bacalhau.
Nota: Hoje enterrei o bacalhau. Foi mais forte que eu. Deve ser da primavera...

05 junho 2008

Casacos vermelhos (...)

Casacos vermelhos, pelos
Ombros. De repente tocam
As trombetas para o assalto
Ao tempo que falta.

Inundam as ruas brancas
Da pedra. Correm sem querer
para um destino inconsciente.
Correm aos magotes.

Tropeçam e caem.
Os corpos a beijar o chão.
E em esforço levantam-se
E recomeçam.

Aos magotes pelas ruas da
Minha cidade, as pessoas
Correm sem saber para onde.
Parece que a guerra começou.

Parece que o mundo acabou.
Mas não se trata disso. Trata-se
Sim, de um simples minuto.
Um minuto na vida de alguém.

Pode ser a tua vida. Pode ser
A minha vida. A vida dela, ou
A vida dele. A nossa vida.
E qualquer coisa de cinematográfico
E teatral existe nas pessoas que correm pela cidade.

Representamos um papel. Significamos algo.
Queremos parecer quem pensamos que somos.
Mas de facto somos o que não sabemos que somos,
E o que somos realmente. Esse todo único e indivisível.

02 junho 2008

Obrigado TSF

Não é meu costume mas tem que ser. Não sei se por coincidência ou não, a TSF hoje está a passar música que me é familiar. Tenho no meu vodpod aqui ao lado, esta coisa onde estão os vídeos. Algumas músicas estão a passar agora. Bom faço questão de agradecer! Obrigado TSF! Coincidência ou não.
Nota: O programa tem por nome: A Idade da Inocência.

Pentium

De facto este fim de semana foi tempo de... PENTIUM!
Dá menos trabalho, é mais limpo, económico e dá um ar lavadinho...
Para quem ainda não experimentou, aqui fica o recado. Tipo... pentium e tal... A Sinead O' Connor que o diga! Acho que inventei uma expressão nova... as pessoas tipo... Pentium! E não, não é um Fiat Tipo com "intel inside". Alguém tipo pentium é tipo... alguém que tem o coração partido ( dual core inside) e que acelera e desacelera rapidamente. E é inteligente, esta parte é presunção minha, modestia á parte. Ah...! e azul!
Tu és tipo... Pentium, não és?! Ou então... Estás na tua fase Pentium? Atenção aos upgrades.
Nota: Cabelo com mais de um centimetro faz com que se perca a designação e se passe a chamar a pessoa em questão de... Normal!

Ás vezes caminho a pé para casa

Ás vezes caminho a pé para casa. Sabe bem caminhar e perder tempo a pensar. E não, não se trata de organizar ideias. Sinto e quero sentir mais. O caminhar com um cigarro na mão dá-me essa liberdade. Perder tempo para sentir. Só sentir. Sentir o que sou para os outros. E nada melhor do que imaginar uma situação extrema, para conseguir imaginar as reacções dos outros. E aí... aí não me engano. Talvez seja um exercício egoista. Sei assim o que poderiam os outros ver que sou. E de facto sei o que sou.
Sei perfeitamente o caminho, as linhas que delimitam as bermas. Sei-o pelo que sinto. Pelo que sei e soube. Tomara saber amanhã.

Qualquer rosa com espinhos

Qualquer rosa com espinhos.
Uma boca como a tua.
Um coração como o teu.
Um abraço meu.

A indefinição que sinto.
Reprimo o coração.
Ponho no alto a razão.
Distancio-me de ti.

E para sempre sei
Que o desejo e a mentira
De te ter, não é mais
Do que um sonho.

Um pôr do sol que não existe.
E assim triste e alegre,
Fico de pé, ao vento
A olhar o nada que és.

Puxa-me uma força

Puxa-me uma força. Pairam sobre mim sentidos. Cheiros. Energias. Talves seja intervenção divina ou só mesmo a minha cabeça a destrinçar e a etiquetar sensações. Talvez seja só o aproximar do calor. Da luz solar que tanto aprecio. E do mar. De facto sempre gostei do verão. É uma época que me altera o humor. Talvez por isso veja, e seja visto de maneira diferente.
Sinto que alguma coisa aconteceu. Ou várias. Em quem me é próximo, ou mesmo em mim. Só que ainda não sei o que... Sei que posso nunca saber. Mas o facto é que sinto. Só espero que se de facto alguma mudança se deu ou dará, seja benefica. Que seja inócua.