10 abril 2008

As Aventuras de Sir Monarch - #3

Passo certo. O som da bengala no chão ecoa nas paredes dos prédios. Um som que se aproxima. Passos. Que chegam cada vez mais perto. Sir Monarch não olha para trás. Mantém o passo. O som atrás de si está cada vez mais perto. Sir Monarch olha a rua a espera de encontrar refúgio. Nada. Vira uma esquina e aguarda que o som se aproxime cada vez mais para o enfrentar. Da sua bengala retira uma faca pontiaguda que lhe serve de defesa nas alturas certas.
- Sir... não seja idiota. Estou armado. Se me acompanhar nada de mal lhe acontecerá. A voz está perto, mesmo ao virar da esquina. Sir Monarch sabe que se tentar fugir é o mesmo que levar com um tiro pelas costas, e a sua faca nada pode contra um revólver.
- Muito bem. Não tentarei nada. Na sua cabeça latejava uma pergunta. Como me encontraram...? Tudo tinha sido planeado ao mais ínfimo pormenor para que no dia a dia ninguém soubesse ou suspeitasse quem era ou o que fazia.
- Sir Monarch... começe a caminhar no sentido do rio, por favor. Obedeça, não se vire e tudo correrá bem. Sir Monarch caminha com a arma encostada nas suas costas.
- Posso saber do que se trata esta brincadeira? Perguntou Sir Monarch ao seu perseguidor.
- Saberá a seu tempo e garanto-lhe de que não se trata de uma brincadeira. De momento só estou autorizado a dizer-lhe que alguém do seu passado lhe que falar.
Continuaram a caminhar até entrarem num carro que os aguradava perto do rio. O carro arranca...

07 abril 2008

Passam vários segundos desde que adormeci

Passam vários segundos desde que adormeci.
Desde que fechei a porta, mais outros.
Comi e bebi, e horas passaram.
Caminhei e li, olhei e ouvi.

Desde que me sentei. Desde que senti.
Passam vários minutos desde que eu te vi.
Desde que te abracei.
Desde que me perdi por ti.

Passam várias horas e dias.
E anos. Desde que nasci.
Passa o tempo por mim.
Desde que sofro e amo.

E vivo meu amor...
Vivo porque o tempo não é nada
Senão uma longa espera.
E eu espero. Durmo. Sem contar o tempo.