17 dezembro 2007

Tomara eu saber amar

Tomara eu saber amar. Tomara eu saber o que é o amor. Caio dia a dia no poço da ilusão de que a vida tem um sentido. Não ter sentido é o sentido que retiro dela. As lembranças que tenho são fugazes e trémulas. O que sentia ontem já não é o que sinto hoje. Todos os meus amores se desvanecem na memória pequena. Tenho essas memórias nos meus braços, embalando-as para que adormeçam silenciosamente, sem sobressaltos. Não quero reviver com tristeza as memórias do que passou. E com tantas mulheres que me ficam na memória pequena, nenhuma é neste momento o cálice por onde bebo.
Sinto desejo, talvez até amor. Mas nenhuma está a minha frente. Nenhuma pode dizer que me tem. E não as tenho tambem. Vivo com elas uma vida de memórias. As memórias do que se passou entre nós.
Agora estou sozinho. Recordo os meus amores e as paixões. Relembro as emoções. Só isso me resta agora.

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