04 setembro 2007

As palavras fogem de mim como a água da fonte.

As palavras fogem de mim como a água da fonte.
Não as encontro. Tenho os sentimentos orfãos de letras.
Tenho as dores e alegrias sozinhas e abandonadas.
Às vezes fico no escuro do quarto assim...

E tudo parece óbvio e desinteressante.
Cinzento e sujo como as ruas daqui.
Sem nada onde me fixar.
Sem nada onde me sentar.

Para sentir o que há a minha volta.
E ouço um violoncelo...
E penso no teu rosto.
Qualquer coisa saltita.

É tão estúpido ser racional.
Não sinto quando o sou.
E sem sentir não encontro as palavras.
E escrevo no escuro, nada.

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