11 julho 2007

Onde a música se ouvia e a orquestra tocava

Onde a música se ouvia e a orquestra tocava,
No alto da cidade nos sentámos e sentimos o outro de nós.
E com a calma por Rainha e o tempo por Rei convergimos ali.
Uma linha se escrevia. Um cheiro se fazia. Um círculo de abria.

E nas pedras as flores de lís escritas olhavam-nos discretas.
E pelo labirinto das ameias, pelas passagens e escadas,
O cansaço não havia. O início.
Sempre a vontade de te ter.

E o frio. A gruta esperava-nos como viajantes perdidos.
A confissão dos rendidos. O olhar dos sentidos.
E o vento. Já com a certeza de nós... caminhámos.
Onde o escuro estava nos sentámos.

Olhei para ti. O beijo. O teu. O meu.
E a noite dos beijos nos sorriu. E a noite foi minha e tua.
A rua clara. A calma de te saber em mim.
O querer te dizer.

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