21 julho 2007

Maquinista

O maquinista do comboio com as mãos o guia.
A máquina obdece ao sentido que lhe dão.
Os carris são repassados pelas rodas de ferro.
O tempo de passar fica para trás.

Chega o tempo de andar, andar, andar.
O ruído dos carris. O cheiro da máquina.
Lá fora andam as coisas. Passam velozmente.
E o tempo é parado por ti. Paras o movimento.

No interior. É um sentir. Um andar estando parado.
Sente-se que se anda depressa.
Sem hipótese de acompanhar o movimento.
Deixando que a máquina te leve. Vai...

Levita. Sofre os mais sentidos erros.
Com a consciência de que a raiva é levada pelo movimento.
Pede que depressa ande. Saúda o andamento. Sorri.
Implode de racionalidade! Só a emoção trasborda de ti.

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